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Você já sentiu a sensação de que os dias ou os meses tem corrido de forma tão veloz que fica difícil acompanhar? Já se passou um ano todinho e eu sempre fico reflexiva nesse período. Penso, repenso, me cobro, me assusto, e no final... respiro e dou espaço para mais 365 dias de esperança. Eu queria, muito, conseguir expressar em palavras tudo que esse ano foi para mim, mas eu não consigo. Eu queria conseguir escrever coisas bonitas, ou dar aquele tom de motivação que eu sempre dou quando vou conversar com alguém sobre esse 2022, mas é que eu tô escrevendo no meu blog e eu não podia deixar de ser realista. Não podia deixar de mostrar as feridas (algumas ainda abertas) que esse ano me deixou, não podia deixar de falar da sensação estranha que é ainda não sentir que minha vida está tomando rumo, não poderia ignorar o fato de que me culpo quase todos os dias pela vida que levo, mesmo sabendo que me sinto feliz por estar onde estou. Realmente, não poderia... e é o que não farei. Tratarei de trazer para cá as duas versões (ou seria só a realidade?) do meu 2022, que foi incrível mas também foi dolorido para caramba. Estão preparados? Apertem o cinto, meu 2022 foi uma aventura!! 

Eu tenho uma certa dificuldade de expor o que eu sinto, de me deixar ser vulnerável, de demonstrar o que passa aqui na minha cabeça. Mas eu vou tentar ser sincera por aqui. 
Término de relacionamento nunca é fácil, não é? O meu doeu por demais, jamais pensei que eu e o Gabe pudéssemos não ficar junto, lidar com essa realidade do "NUNCA MAIS" foi uma parte muito dolorida. Só não doeu mais do que a realidade do: "Ele nunca veio atrás de mim, nunca pediu para voltar". Engraçado né? Eu nem sei se eu queria, mas meu ego não aceitava que isso aconteceu. E no paralelo disso tudo, lá estava eu... conhecendo mulheres incríveis que me fortaleceram na amizade, indo em shows que sempre sonhei presenciar e cantar, visitei cidades e estados, me permitindo ser livre, ser leve, ser a Petrine intensa e risonha de sempre. Sei que vivi esse ano como muitas pessoas não conseguiram viver, eu... viajei, beijei, chorei, estudei, descansei, transei, trabalhei, me apaixonei, sofri, me redescobri e tantas coisas lindas que fez o ano passar voando na frente do meu rosto.  

Eu ainda tô me acostumando a ser eu nesse mundo, é difícil sair de 8 anos de vida compartilhada para ser sola. Tô indo muito bem, mas é difícil. Ainda tô me reconhecendo "nesse corpo", mudando rota, tentando acertar, vivendo dias e semanas por vez. Minha auto cobrança as vezes me mutila, mas eu sei que tô indo bem, sei que sou forte, sei que saí de onde precisava sair, sei que tem muita coisa boa preparada. Mas eu precisava desabafar e parar de fingir que não doeu. Sabe quando a criança se machuca e não quer mostrar que está doendo e chorar, só para não parecer fraca? Quis ser assim muitas vezes. 

Mas hoje não, hoje me permito dizer que esse ano me exigiu muito, assim como me entregou muito. Hoje me permito dizer que estou orgulhosa por tudo que assumi esse ano, por tudo que entreguei, por tudo que fiz, por tudo que vivi. Nós já vivemos tantas coisas até aqui e ainda não vivemos tudo. Vem muito mais pela frente, as vezes posso parecer perdida mas sei que Ele ta me conduzindo no caminho certo. 


Eu sempre serei meu próprio lar, que orgulho em ser eu. 











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